Volvido um ano do início da sua construção, procedeu-se, nesta terça-feira, 30 de Maio, a inauguração da primeira fase da Central Fotovoltaica do Caraculo, na província do Namibe.
Esta importante e estratégica infraestrutura foi inaugurada pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo e testemunhada pelo Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges e pelo Governador da província do Namibe, Archer Mangueira.
O Projecto Caraculo, resultante de um consórcio entre a angolana Sonangol e a italiana ENI, da qual resultou a Solenova, tem uma potência instalada de 50 MW, sendo que o acto inaugural de hoje, correspondeu à primeira fase, de 25 MW. Está assim prevista realizar-se a segunda fase dos restantes 25 MW.
O Ministro Diamantino Azevedo, em seu pronunciamento, frisou “…este acto marca um passo muito importante dado pela nossa empresa operadora nacional, a Sonangol, rumo a sua transformação de petrolífera para uma empresa do sector da energia, conformando assim, a acção empresarial as actuais práticas da indústria mundial”.
Por sua vez, o Ministro João Baptista Borges, agradeceu o convite para cerimónia que marca uma solução energética nova para o Namibe, como também uma parceria público-privada no sector eléctrico das energias renováveis, “…esta etapa marca uma nova fase para a utilização de novas fontes energéticas para a produção de energia eléctrica” salientou.
Gaspar Martins, PCA da Sonangol, em sua intervenção, reforçou com grande satisfação, que finalmente chegamos a meta, “…esta central representa a capacidade de entrega conjunta do sector petrolífero aqui representado pela Sonangol e pela Azule Energy, a favor da produção de energias limpas e consequente diversificação da matriz energética, queremos que seja um marco para novas oportunidades, não só de implementação, mas também de comunicação no sector público-privado” concluiu.
Andriano Mongini, CEO da Azule Energy, também tomou a palavra tendo afirmado “…estamos aqui para celebrar o primeiro projecto fotovoltaico em Angola, um ano depois de termos lançado a primeira pedra. Reconhecemos a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar o impacto das mudanças climáticas, assim como impulsionar o desenvolvimento económico e social“.
Com esta central a província terá energia eléctrica mais barata, uma fonte energética abundante e regular o ano todo, que resultará em uma poupança significativa nos gastos com combustível e principalmente irá reduzir o nível de desemprego local, sendo que o projecto empregou mais de 400 habitantes daquela província que irão fazer parte da gestão diária da central, o que traduz em um impacto social significativo.
Fizeram também parte do evento, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, representantes das empresas accionistas, PCA’s, quadros dos diversos sectores envolvidos nesta empreitada, funcionários do governo provincial, autoridades tradicionais e religiosas e outros convidados.